Estudos indicam a existência de águas termais em Curitibanos
Na tarde desta quarta-feira (13), a Administração Municipal realizou Audiência Pública para avaliação da perfuração do poço de águas termais no Jardim Botânico.
O geólogo e pós-graduado em Hidrogeologia pela Universidade de São Paulo (USP) Carlos Giampá explanou o estudo realizado durante dois meses em solo curitibanense para avaliação e diagnóstico prévio.
Conforme explicou o técnico a profundidade de perfuração ficará em torno de 800 a 850 metros. “Nesta profundidade ultrapassaremos a profundidade do Aquífero Guarani, que embora seja um manancial abundante, a temperatura da água é fria. Enquanto que nesta profundidade, encontraremos água com temperaturas que vão variar entre 35°C e 38°C, ou seja, água quente, sem intervenções externas. E esta é a parte que interessa. Encontrar água quente”, explicou.
Os investimentos para esta obra ficam em torno de R$ 5 milhões. “Não há como garantir 100% que será encontrada água quente após a construção do poço, mas os estudos são muito promissores. Avaliamos o solo, os tipos de rochas da região e durante todo o processo, os estudos apontaram resultados positivos”, comentou.
De acordo com Giampá, partindo da experiência e de outros trabalhos semelhantes já realizados para o prazo de execução da perfuração e construção do poço, é de quatro, cinco meses, que é considerado um período rápido, dada a complexidade do processo. “Quando atingimos a profundidade desejada, instalamos um equipamento que é como se fizéssemos um eletrocardiograma da água. Saberemos a quantidade de vazão por minuto, a temperatura e dependendo da estrutura, conseguimos saber até a quanto tempo a água está no local”.