Administração Municipal alerta para casos de esporotricose em felinos e como prevenir a doença

Nos gatos, os sinais mais observados são as lesões ulceradas na pele

A Administração Municipal de Curitibanos, por meio da Vigilância Epidemiológica e Secretaria de Agricultura, vem alertar sobre os recentes casos de esporotricose em felinos que ocorreram no município.

Em três meses foram três casos confirmados e suspeita-se que casos vêm ocorrendo sem notificação e devido controle.

Com a confirmação do diagnóstico, equipes da vigilância visitam as casas nas proximidades da residência do animal positivo para investigar possíveis novos casos e orientar a população sobre as medidas de prevenção.

A esporotricose é uma doença causada por um fungo presente no solo e vegetação, que pode atingir seres humanos, cães e gatos. Ela é caracterizada por feridas na pele que não cicatrizam ou reaparecem após a cicatrização.

Nos gatos, os sinais mais observados são as lesões ulceradas na pele, principalmente na região da cabeça e extremidades das patas, que não cicatrizam e costumam evoluir rapidamente. É importante levar o animal ao médico veterinário assim que observar o início dos sintomas, quanto mais cedo o diagnóstico, melhor o resultado do tratamento e controle da doença.

Em humanos, a doença se manifesta na forma de lesões na pele, que começam com um pequeno caroço vermelho, que pode virar uma ferida. Geralmente aparecem nos braços, nas pernas ou no rosto, às vezes formando uma fileira de carocinhos ou feridas. Como pode ser confundida com outras doenças de pele, o ideal é procurar o médico para obter um diagnóstico adequado.

Os gatos são os mais suscetíveis à infecção, com evolução da doença de forma mais grave do que nas outras espécies, e podem disseminá-la para os seres humanos por razão da grande quantidade de fungo encontradas nas lesões destes animais e, principalmente, nas unhas e na cavidade oral. O costume dos gatos de afiar suas unhas é um fator que pode contaminá-los, a transmissão também pode acontecer através de brigas de gatos com outros animais contaminados e, por isso, os gatos não castrados e com acesso a rua, são mais suscetíveis a contrair a doença.

Nos seres humanos, a transmissão do fungo ocorre pela contaminação da pele lesionada ou a partir de um trauma na pele, que pode ocorrer tanto por meio de espinhos e farpas de madeira, como por arranhadura e mordedura de animais como cães e gatos infectados.

A administração municipal reforça que a população deve seguir as medidas de prevenção para evitar novos casos de esporotricose. Estas medidas variam para seres humanos e animais de estimação, sendo elas:

Para seres humanos:

– Usar luvas e roupa de manga comprida quando trabalhar com terra/jardinagem;

– Evitar contato com animais desconhecidos;

– Caso seja arranhado por galhos, vegetais ou por gatos, lavar o local afetado imediatamente com água corrente e sabão.

– Veterinários e pessoas que manuseiam gatos infectados devem usar EPI como aventais de manga longa, luvas e máscara ?ao manusear gatos com qualquer tipo de nódulo ou úlcera na pele.

Para animais de estimação (cães e gatos):

–  Evitar contato com animais desconhecidos;

– Manter os animais dentro de casa ou do pátio cercado, evitando, assim, que contraiam esta ou outras doenças e as transmitam, tanto para humanos como para outros animais.

– Castrar os animais para evitar fugas.

– Animais com a doença devem ser isolados e receber o tratamento indicado pelo médico veterinário. Toda manipulação do animal deverá ser feita com luvas.

– Confirmado o diagnóstico, o animal deverá ser tratado e não pode ser abandonado. Se for abandonado, seu dono estará contribuindo para a disseminação da enfermidade.

– A caixa de transporte precisa ser limpa com água sanitária, assim como qualquer ambiente onde o animal fique. Seguir as recomendações do veterinário até o animal ser considerado curado. 

– Caso ocorra a morte do animal, seu corpo deverá ser incinerado e não jogado no lixo, nem deixado ou enterrado em terrenos baldios, pois a contaminação do solo irá manter o ciclo da doença.

Importante reforçar que a esporotricose tem tratamento, cura, e o diagnóstico dos animais pode ser feito em clínicas veterinárias.    Por isso, não abandone, maltrate ou sacrifique o animal com suspeita da doença. Procure o tratamento adequado e se informe sobre os cuidados que deve ter para cuidar de seu animal sem colocar em risco a própria saúde.

Caso hajam casos suspeitos ou confirmados da doença, seja em humanos ou animais, médicos e veterinários devem notificar à Vigilância Epidemiológica do município, ou diretamente no site da DIVE/SC (https://dive.sc.gov.br/index.php/esporotricose).